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NOTICIA DEL SECTOR SANITARIO
Investigadores de Porto iniciaron un estudio para probar que al remover las impurezas presentes en la droga krokodil, producida en casa con medicamentos y productos de limpieza, es posible crear fármacos para control y alivio del dolor moderado a severo.
30 Marzo 2017 | Fuente original
Remoção de impurezas de droga caseira pode levar à criação de fármacos para dor
Investigadores do Porto iniciaram um estudo para provar que ao remover as impurezas presentes na droga krokodil, produzida em casa com medicamentos e produtos de limpeza, é possível criar fármacos para controlo e alívio da dor moderada e severa.
Ao purificar a droga krokodil, uma substância «corrosiva, cáustica e muito aditiva», esta pode atuar no tratamento da dor de múltipla natureza, como é o caso do enfarte agudo do miocárdio, doentes com cancro em fase terminal, situações de queimadura ou pós-operatório, explicou à “Lusa” o investigador da Cooperativa de Ensino Superior, Politécnico e Universitário (CESPU), Ricardo Dinis-Oliveira.
Os efeitos nefastos da krokodil são considerados «mais fortes e rápidos» do que os associados à heroína, levando ao aparecimento de úlceras, necroses (degeneração de um tecido pela morte das suas células), flebites (inflamações nas paredes das veias), gangrena, alterações na pressão sanguínea e na funções cardíaca, renal e hepática, lesões neurológicas (como alucinações, perda das capacidades cognitivas e da memória) e amputação dos membros dos utilizadores.
Segundo indica o toxicologista, a ideia de estudar os possíveis efeitos benéficos desta substância surgiu a partir de uma primeira linha de investigação, resultante de uma parceira entre a CESPU e as faculdades de Farmácia e de Medicina da Universidade do Porto.
Esse primeiro estudo visava compreender melhor a droga, «que se está a alastrar pela Europa» e é a «mistura estupefaciente mais tóxica de que se tem conhecimento", resultando na criação de métodos para a deteção da substância no sangue, na urina e nos órgãos dos utilizadores.
Após explorarem em detalhe a composição química do krokodil, os investigadores depararam com várias substâncias que, pelo facto de serem semelhantes à morfina, «podem ser também excelentes ferramentas terapêuticas para a dor, sobretudo quando os tratamentos clássicos deixam de ter eficácia», explicou o também presidente da Associação Portuguesa de Ciências Forenses.
Durante a análise da composição dessa substância, a equipa percebeu assim que, se remover as suas impurezas, podem produzir um produto «muito mais puro» e com «um enorme poder analgésico».
«O que é também interessante é que vários dos compostos semelhantes à morfina detetados na droga são, até à data, totalmente desconhecidos, embora detenham uma grande potencialidade terapêutica», indicou.
Segundo Ricardo Dinis-Oliveira, esta descoberta pode revolucionar o conhecimento que se tem do tratamento da dor, aumentando as alternativas dos médicos para controlar esse sintoma.
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