266a2d2d072f48a6768d79ee2488ac96_XL.jpg
30/05/2024 12:57:54
Fuente original

Plano de emergência: os eixos e as medidas essenciais

Plano de emergência: os eixos e as medidas essenciais

O Conselho de Ministros aprovou hoje o plano de emergência e transformação na saúde, composto por cinco eixos prioritários que incluem 54 medidas para serem implementadas de forma urgente, prioritária e estrutural.

O Governo prevê, para as medidas urgentes, resultados até três meses; para as prioritárias, resultados até ao final deste ano; e para as estruturantes, resultados a médio e longo prazo.

A intenção do executivo, como noticia a Lusa, é, após ser esgotada a capacidade do Serviço Nacional de Saúde (SNS), contar com setores social e privado de forma complementar na prestação de cuidados de saúde à população.

Eis o que está previsto no plano.

Eixo resposta a tempo e horas

– Medidas urgentes

O Governo pretende acabar com as listas de espera de doentes com cancro, através de duas medidas urgentes: regularização da lista de espera para cirurgia oncológica e a aproximação do SNS ao cidadão através da Linha SNS24.

Foi criado um programa – OncoStop2024 – que está a funcionar há três semanas e que será desenvolvido integralmente no SNS. Dos mais de 9.000 mil doentes que estavam à espera de cirurgia, cerca de 1.200 com doença oncológica já foram tratados.

– Medidas prioritárias

O plano prevê um programa cirúrgico para doentes não oncológicos para permitir a redução da lista de inscritos em cirurgia acima dos tempos máximos de resposta garantidos e o reforço do acesso a consultas especializadas.

Está ainda prevista a extinção do atual programa Sistema Integrado de Gestão de Inscritos para Cirurgia (SIGIC) e criação do Sistema Nacional de Acesso a Consulta e Cirurgia (SINACC).

– Medidas estruturantes

O plano aponta para a monitorização à distância do doente crónico, para o alargamento da hospitalização domiciliária e para a revisão dos protocolos para inclusão de doente em lista de inscritos para cirurgia.

 

Eixo bebés e mães em segurança

– Medidas urgentes

O encaminhamento seguro de todas as grávidas é o principal objetivo desse eixo, que prevê a criação de um canal de atendimento direto para a grávida na linha SNS 24 (SNS Grávida), a atribuição de incentivos financeiros para aumentar a capacidade de realização de partos e o reforço de convenções com os setores social e privado.

– Medidas prioritárias

O Governo pretende criar um regime de atendimento referenciado de ginecologia de urgência, a atualização dos rácios de pessoal e da composição das equipas nos locais de parto em função de critérios técnico-científicos, assim como a revisão da tabela de preços convencionados para ecografias pré-natais.

 – Medidas estruturantes

Num prazo mais longo, o executivo aponta para a separação das especialidades de ginecologia e de obstetrícia, para o reforço do acompanhamento da grávida por especialistas em enfermagem de saúde materna e para o estabelecimento de novas estruturas de organização para blocos de parto.

 

Eixo cuidados urgentes e emergentes

– Medidas urgentes

Requalificação dos serviços de urgência, a criação de centros de atendimento clínico para situações agudas de menor complexidade e a implementação da consulta do dia seguinte nos centros de saúde para casos agudos e menos complexos.

– Medidas prioritárias

Está prevista a libertação de camas indevidamente ocupadas nos internamentos hospitalares, a criação da especialidade médica de urgência, o desenvolvimento de programas de vacinação contra a gripe e vírus sincicial respiratório e a realização de teleconsultas médicas em situações agudas de menor complexidade e urgência clínica.

Estão também programadas campanhas de informação utilizando a rede de farmácias comunitárias e a criação do Departamento de Urgência e Emergência Médica na Direção Executiva do SNS.

– Medidas estruturantes

O plano considera a alteração do modelo dos locais de atendimento de doentes com situações agudas de menor complexidade e urgência clínica e o apoio médico a doentes que estão em lares.

 

Eixo saúde próxima e familiar

– Medidas urgentes

Com cerca de 1,7 milhões de pessoas sem médico de família, o objetivo é a atribuição de médicos de família aos utentes em espera com a capacidade atual do setor público, mas também o reforço da resposta pública dos cuidados de saúde primários em parceria com o setor social e a criação de uma linha de atendimento para utentes que necessitem de acesso a médico no dia.

– Medidas prioritárias

O plano aponta para a implementação de Unidade de Saúde Familiar modelo C (centros de saúde de nova geração), para o reforço da resposta pública com médicos aposentados e em parceria com o setor privado (associações de médicos e cooperativas), além do incentivo à adesão ao regime voluntário de carteira adicional de utentes.

– Medidas estruturais

Prevê-se a disponibilização de meios complementares de diagnóstico e terapêutica em química seca e radiologia convencional, a dinamização de rastreios oncológicos nos cuidados de saúde primários e a criação de centros de avaliação médica e psicológica.

 

Eixo saúde mental

– Medidas urgentes

Contratação de psicólogos para os cuidados de saúde primários, criação de um programa estruturado para a PSP e GNR e a desinstitucionalização de situações crónicas.

– Medidas prioritárias

A intenção do ministério criar equipas comunitárias de saúde mental para adultos, infância e adolescência, disponibilizar programas de intervenção na ansiedade e na depressão nos cuidados de saúde primários e garantir capacidade de internamento para situações agudas nos Serviços Locais de Saúde Mental.

– Medidas estruturantes

Construção dos serviços forenses no Hospital Sobral Cid e no Hospital Júlio de Matos e a generalização dos Centros de Responsabilidade Integrados em todos os Serviços Locais de Saúde Mental.



Leer el artículo original completo

el-coste-laboral-de-las-empresas-sanitarias-es-superior-al-del-total-de-actividades.jpeg